Às vezes eles nos chamam de negro, preto, escurinho e de outros nomes. Eles acham que não nos humilham. Mas isso só nos fortalece. Nos faz cada dia melhores. Temos o prazer de todas as manhãs acordar suspirando, sorrindo e escutando o canto dos pássaros no pé da laranjeira. Porque o canto dos pássaros não tem preconceito. Simplesmente cantam.
O que mais me entristece é quando o cidadão nega sua própria raça, mas isso tem solução, depende de cada um de nós.
Mas, para mim, ser negro é questão de honra.
Ser negro é bater no peito e dizer que gosto de ser assim.
Ser negro é questão de orgulho.
Ser negro é ter esperança.
A cor negra é estilo de vitória, misturado com dor, lágrima, sangue e sorriso.
Ser negro é questão de nascer para lutar e dizer que é tudo nosso, como diz o mano Lizal.
A minha cor negra é a minha identidade, não tem como negar ou justificar, ela me faz ser único.
Gosto de ser negro.
Sou cidadão de cor.
(Mano Adão é B.boy e arte-educador em Foz, integrante da Crew Cartel do Break)
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
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