sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

POESIAS E PENSAMENTOS

Um Tempo para Digerir

A Cidade sem o homem não é nada
O homem sem a cidade parece não ter casa
A cidade tão grande tão maltratada
A cidade com tantas construções
A cidade mais que planejada
Uma cidade não almejada.

Um espaço para respirar

Pelas ruas crianças com latas em punho
Armas na cinta
E a crença no velho de vermelho
Pelos viadutos escuros prostituição as claras
Homens com fome de corpos violentados
Pelos viadutos casa lares de papel
E tijolos de sonhos destruídos

Um espaço para não chorar

Pelos prédios homens injustos engravatados
Pelos prédios deputados e suas putas
Senadores em suas cenas
Pelos ministérios os mistérios que deus duvida
Pelos prédios a ruína de um sistema

Um espaço pra que eu possa vomitar

Que a vida não queira
que eu seja como o homem da gravata florida.
Quero ser o homem da língua de trapo
O homem com furo no sapato
O homem digno e de luta
Que vê e entende que a história do panetone
não é a única
E que ela não pode se repetir

(Carol, Foz).

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Informações

Quem eu sou?
Porque estou aqui...
Papo besta,
Mas todo mundo
Pelo menos uma vez na vida
Pensa nisso...
Às vezes penso que flutuo,
Suspensa no mar de informações,
Às vezes agarro uma
Pra juntar com outra
Que ta no bolso do casaco
E der repente
Ela escorrega das mãos,
E volta rápida a flutuar
No imenso vazio
Todos os dias criar metas,
Buscar resultados
Fazer objetivos...
Ser alguém,
Pra que ser alguém?
E por quem...vale a pena?
Não sei!
Se soubesse
Não estaria aqui escrevendo,
Ainda busco resposta
Acho que preciso
De um barco maior.

(Mysk, Foz)

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A pequena idéia,
É o alicerce
Do grande conhecimento.

A estrada se torna mais imensa,
Quando o homem passa
A utilizar todos seus momentos.

(Edson de Carvalho, Foz)

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Amor Revolucionário

Aquela mulher é revolucionária

Roubou minha paz
E disse que era uma expropriação
Me ensinou a cozinhar
A arrumar a casa
A me arrumar
Disse com firmeza,
Mas sem perder a ternura:
“Hoje eu dirijo”
Invadiu meu coração
E disse que era uma ocupação
Retirou os arames farpados
Que o cercavam
Capinou, rastelou,
Acabou com todas as ervas daninhas
E semeou as sementes
Regou, cuidou, deu carinho

Nasceu o Amor.

(Lizal, Foz)

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Querida Foz do Iguaçu,
Que a cada verso dessa cidade
Carregamos recordações,
Aqui tem um povo cheio de esperança,
De varias idades idosos, adultos e crianças
Todos acreditam na conquista
De uma vida melhor,
Uma fronteira tri-nacional
Diversas nações temos por aqui,
Por todos os cantos dessa terra
Escutamos as línguas,
Português, Espanhol e Guarani,
Paisagens exuberante e bela temos,
Vários condôminos e favelas vemos
A terra é fértil e fenomenal,
Com tanta miséria
E um grande parque nacional
A concentração é forte em águas,
Que passa por onde a pedra canta
Também nas cataratas por baixo da ponte,
As águas passam até chegar ao limite,
No Marco das três fronteiras
Que acaba no Porto Meira,
Onde eu me criei, onde eu não moro hoje
Mas é aonde eu pretendo viver”.

(Edson de Carvalho, Foz).

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INIMIGO DO ARCO-ÍRIS
À Russa e a Winnie Mandela

Inimigo das raças, Inimigo das nações
Inimigo dos povos, Inimigo do mundo
Inimigo de sua própria raça
Pois com sua ira racista
Impede que seus irmãos de etnia desfrutem
Das belezas e riquezas
Que os irmãos de outras raças possuem.
Todo racista precisa ser combatido,
Vencido e destruído
Pois desprezará e pisará os jardins floridos
E sempre odiará as multicores
De um arco-íris alindando a Terra.

(Deley de Acari)

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Morra Utopia

mato você todos os dias
mato com amor
mato com ódio
mato sem querer matar
mato numa ânsia infernal
mas você sabia
aproveita a linha tênue
que separa o amor
do
ódio
e renasce insistente
como a grama
que cresce no quintal

(Carol, Foz).

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