O carnaval
O palanque
O meio fio
A arquibancada
As barracas de lanches
As barracas de bebidas
Uma câmera a filmar
Uma porta bandeira
O enredo
O cavaquinho
A ala das baianas
A segurança na avenida
Os foliões
A bateria
As vestes
As alegorias
Bebidas destiladas
Pessoas embriagadas
Concorrência de escolas
O brilho...
O carnaval.
(Edson de Carvalho, Foz)
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Desejos
Vampira
Mordo sua carne
Sugo seu sangue
Entrega de corpo e alma.
Nobre senhor
Toca meu cabelo
Conduz meu corpo
Num êxtase de calma...
A tua delicada força
É o meu sensível desejo.
(Carol, Foz).
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Pra não dizer que não falei do Bush
Bush X Bin Laden
Putz, o homem (?)
Foi embora e só agora que eu notei
Que a placa do meu car is BSH.
Já coloquei à venda.
Mas o pior ainda estava por vir,
No sábado fui numa festa que contava
Com vários grupos de rap da quebrada,
A organização?
Família Bin Laden.
Alguém tá afins de andar comigo?
(Sérgio Vaz)
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Poema ao Mais Recente Amor
Estar entre teus pêlos e dedos,
entre tua densidade,
neste transpirar sob medida
aos teus gemidos.
Estar entre teus trópicos,
entre o teu desejo e o meu prazer,
beber parte dos teus líquens e teus rios,
percorrendo-te da foz até a origem,
e pura a cada amor partir mais virgem.
(Leila Miccolis)
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Entrega
Na parada
A brisa,
Águas passando.
No passo
O vôo,
Corpo se libertando.
(Carol, Foz)
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Ódio Platônico
A tua dor que me desculpe
O que você sente nem tem mais sentido
Amor então que me preocupe
Mas o teu ódio não será correspondido
Para odiar te falta destreza
Nesse olhar mais mágoa que a tristeza
Se ainda não tiver percebido
Tua aspereza não me deixa comovido
Nem se disser que o que você sente
Para nós dois é suficiente
Terá possibilidade
Um dia você vai entender obsessão
E não ódio de verdade
O que se odeia quando se adia o coração
(Fernando Koproski, Curitiba)
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Minhas Quebradas Queridas
Jardim Paraná
Jardim Petrópolis
Jardim Estrela
Jardim Belvedere
Porto Belo
São Sebastião
Vila C
Cidade Nova
Já morei em tantas quebras
Em tantas casas
E me lembro muito bem
De cada uma delas
(Lizal, Foz).
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“MPB”
Quando eu ouvi
era o Jackson do Pandeiro,
João do Vale, Dominguinhos...
tinha outra divisão.
E era Zé Limeira,
repentista, rap-solto,
hip-hop de terreiro...
transfusão de Gonzagão.
Quando eu ouvi
era um lance meio estranho,
era samba, era black
e navegava no baião.
Não era bem barroco,
tinha um baque-meio-solto,
era frevo, torto-choro,
turbinado feito avião.
(Euclides Amaral)
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Nove de fevereiro
Enquanto cachorro late
Ás crianças pede às esmolas
Carnaval de periferia
Samba de ala de escola
No posto de gasolina
Bebidas ficam à vista
As convenções sobre drogas
Não dirigir pela pista
Tem campanha sobre sexo
Exploração a adolescentes
Alerta está o giro-flexo
Apreensão de entorpecentes
Servente come bandeco
Os médicos são pacientes
(Edson de Carvalho, Foz)
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O PULO
Um salto bem alto
O pulo do gato!!!
E da garganta
Saem borboletas
Primeiro beijo
(Mysk, Foz).
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Entre pedras
Cresceu minha poesia
Minha vida...
Quebrando pedras
E plantando flores...
(Cora Coralina).
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Envie-nos
Poesias...
Participem!!!
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
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