Dentro do Busão no Rio de Janeiro
Algum policial será denunciado?
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Transporte Coletivo – Foz do Iguaçu
Que Foz do Iguaçu tem um péssimo transporte coletivo todos nós sabemos. E sabemos também que é um dos mais caros do Brasil. Mas ninguém se manifesta. A não ser o protesto solitário do meu mano pichador/grafiteiro que usa o pseudônimo Woloco que começou a escrever em folhas de caderno e colar na parede do Terminal de Transporte Urbano. Fez questão de colar bem ali onde a galera vê os horários dos ônibus, mas mesmo assim, nenhuma manifestação. Uma das suas reivindicações era que colocassem um bebedouro de água ali no terminal. Ninguém merece no calor de 40 e tantos graus de Foz ter que tá comprando uma garrafinha de água mineral por R$ 1,50, ainda mais numa cidade de desempregados igual a nossa. Reivindicação justa já que as empresas de ônibus lucram tanto com propagandas dentro e fora dos veículos, nos pontos de ônibus e as dezenas de comércios instalados dentro do Terminal. Se ainda não bastasse, agora tem ainda a TV Bus, cuspindo propaganda pra cima do povo que volta pra casa cansado nos ônibus superlotados da nossa Terrinha. Apesar das reivindicações dos Movimentos Estudantis pelo Brasil que lutam pelo passe livre, que é um direito constitucional, nada acontece de efetivo, assim como muitos outros direitos constitucionais que acabam ficando só no papel. Não sei se por insistência do incansável Woloco, mas dias atrás apareceu um bebedouro de água no Terminal. Mas, como dos nossos governantes só vem presepada, a passagem subiu de preço novamente. Uma leitora da coluna óIA sÓ se deparou com o bebedouro no terminal e teve a inspiração para escrever alguns versos que publica aqui na forma de interferência. Todas as pessoas que quiserem interferir nessa coluna pode mandar o escrito pro e-mail do fanzine, mas não pode esquecer de colocar nome e sobrenome pra isso aqui não virar o Bico do Corvo. O nome da nossa poeta urbana é Ana Carolina, uma das colunistas do Fanzine, que assina como Carol.
Aí vai:
R$ 2,20
o aumento da pasagem / me surpreendeu, não foi em vão
colocaram um bebedouro no terminal / pra calar o povo no verão...
Eita bebedorzinho caro, sô!
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Óia sÓ
No mês da morte de Michael Jackson a maioria de jornais e revistas fizeram matéria de capa sobre sua morte e sua vida. Não faltaram revistas para publicarem edições especiais sobre o maluco. A Revista Piauí foi na contramão e colocou num cantinho da capa a frase: “Exclusivo!!! Nenhuma linha sobre Michael Jackson”.
(É o contra-marketing).
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Paulo Freire:
“Ninguém liberta ninguém
Ninguém se liberta sozinho
As pessoas se libertam em comunhão”.
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Choque de Ordem no Rio de Janeiro:
“Porque afinal de contas, essa política é estremamente covarde: primeiro baixamos o cacete nos informais, nos malditos camelôs, nos biscateiros ilegais que atravancam o progresso do país... depois, se der tempo, podemos desconcentrar a renda, fazer reforma agrária, prender os corruptos e fazê-los devolver o dinheiro, essas coisas. Depois. Agora não. O valente só é valente em relação ao mais fraco. Qual é o choque? ”.
(Heraldo HB, do cineclube Mate com Angu).
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A Crise Atinge o Modo de Produzir Capitalista na Agricultura
Essa crise, que envolve todo sistema capitalista, tem reflexos imediatos no modo dos capitalistas produzirem na agricultura. Chamamos esse modo de agronegócio. E como sabemos, esse modo se baseia em grandes lavouras extensivas. Cada fazenda se especializa num produto, na forma de monocultivo, da cana, café, soja, milho, algodão, cacau... Todo o processo é muito mecanizado. Expulsam a mão de obra e agridem o meio ambiente com a utilização de agrotóxicos para manter a escala de produtividade. É uma agricultura sem agricultores uma agricultura que está preocupada apenas em produzir lucros enão comida. E assim o Brasil se transformou no maior consumidor mundial de venenos na agricultura.
(Jornal dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – maio de 2009).
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O escritor uruguaio Eduardo Galeano escreveu certa vez: “Chama-se Paz e Justiça o grupo paramilitar que, em 1997, metralhou pelas costas quarenta e cinco camponeses, quase todos mulheres e crianças, no momento em que rezavam numa igreja da aldeia de Acteal, em Chiapas”.
(No Rio de Janeiro as ocupações policiais nos morros chamam-se Unidades Pacificadoras e semelhante ao Paz e Justiça também mandam bala pra cima da população).
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Antonio Abujamra no Programa Provocações:
“Família é sintonia.
Dizem os poetas urbanos sobreveviventes do inferno
para aquelas mentes tristes, porém fascinadas
fascinadas com as ilusões carnavalescas de um país que luta
luta por seus times de futebol
mas não luta pela sua dignidade”.
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domingo, 2 de agosto de 2009
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