terça-feira, 3 de novembro de 2009

Dia sem carro (Por: Luiz Henrique)

Amigos, passei a semana toda vendo aquelas plaquinhas nas esquinas da Avenida Jorge Schimmelpfeng que diziam "no dia 22 de setembro esta avenida vai estar fechada para o tráfego de veículos particulares". Apesar de achar apenas "simbólico" fechar uma avenida (poderiam fechar todo o centro), fiquei feliz com a ação e me preparei para o grande dia. Como morador da Avenida, não estava disposto a quebrar regra nenhuma e, antes de dormir, arrumei minha bicicleta, ajustei o capacete e deixei tudo pronto para o amanhecer do dia 22 de setembro! Durante o sono sonhei com crianças das escolas do município andando pela avenida vazia, com faixas dizendo "agora a rua é nossa" ou "aqui carro não entra"! Sete da manhã acordo. Corro à janela, a fim de ver a rua vazia, só com pessoas andando sem o medo de um atropelamento e o que vejo? Um monte de carros particulares acelerando, parando, virando, manobrando... terrível! Desci imediatamente e falei com um policial que estava por ali. Ele disse "só depois das oito". Achei razoável. Às oito em ponto, fecharam a rua. Foi um horror. Vi motoristas resmungando e reclamando. Credo. Depois choveu e os policiais resolveram liberar a rua... Acabou o tal "dia sem carro" em nossa cidade. Só ficaram as faixas (penduradas lá, até hoje) e a certeza de mais uma ação desastrosa pra tentar educar essa gente que cultua seu automóvel e faz dele a razão de seu viver.

O Menino do Cyber

Estava eu em viagem de trabalho. Passei um dia em Corbélia (30 km de Cascavel) e, por necessidade, fui até um Cyber Café que, como outros espalhados por todo o país, é cheio de adolescentes jogando games assassinos e gritando palavrões enquanto matam, degolam, esfaqueiam e explodem os adversários, quando um menino, ao meu lado, de aproximadamente uns 10 anos de idade, aos gritos, entrou em um “local virtual” onde os inimigos eram homens negros. Ele ativou sua metralhadora e começou a carnificina enquanto gritava “morram macacos! Morram pretos safados!”. Sempre ouvi pais dizendo que os filhos só aprendem violência nesses jogos. Concordo. Agora, preconceito, este eu sei bem, eles trazem de casa.

Fonte: www.acasadohomem.blogspot.com

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