sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

ENSAIO FOTOGRÁFICO.

Realizado em janeiro de 2009 por Danilo George Ribeiro e Emilio Gonzalez.


Desenho grafitado na parede do edifício onde funcionava o mercado Ycuá Bolaños. Ainda hoje, o prédio onde ocorreu o incêndio, em agosto de 2004, permanece em ruínas, com as marcas da tragédia ainda visíveis. No texto ao lado do desenho, lê-se: “Ella si... cerro las puertas” (“Ela sim... fechou as portas”). É uma referência direta à morte (“Ella”), e também ao fato de que a tragédia se deu por conta da ordem do proprietário de que as portas do mercado fossem fechadas para evitar roubos e saques, logo no início do incêndio. No desenho, aparece a imagem de uma mulher representando a morte. Ela possui uma balança nas mãos, com a qual são pesadas o fogo, de um lado, e de outro, um porquinho – símbolo de poupança, dinheiro. Também aparece sendo representada uma porta trancada, com rostos anônimos desesperados sendo consumidos pelo fogo.



Visão ampliada de dois dos desenhos grafitados no local da tragédia de 1o de agosto de 2004, em Asunción, Paraguai. Desde há algum tempo, parentes das vítimas do incêndio do mercado Ycuá Bolaños vêm realizando intervenções nas ruínas do antigo mercado, retratando desenhos, painéis com fotografias, frases e dizeres referentes ao episódio.



Visão ampliada dos grafites acima descritos, vistos da perspectiva da avenida Artigas, uma das mais movimentadas de Asunción.



Outro trabalho grafitado nas paredes em ruínas do antigo mercado Ycuá Bolaños, incendiado em agosto de 2004, no qual morreram mais de 400 pessoas. No desenho, aparece uma árvore com flores na copa e uma criança abaixo, abraçada ao tronco. A palavra “justicia”(“justiça”) pressupõe que este desenho tenha sido feito por ocasião de alguma manifestação em favor da condenação dos responsáveis proprietários do mercado, apontados como pela tragédia, Juan e Daniel Paiva, pai e filho respectivamente.



Visão ampliada do desenho acima descrito, feito na parte esquerda do antigo portal de entrada do estacionamento do mercado Ycuá Bolaños. Acima, pode-se ler: “Los trabajadores no olvidamos nuestros muertos” (Os trabalhadores não esquecem seus mortos”).

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