sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

óIA Só (Por Lizal)

Internacional Socialista



Uma das paradas que mais me alegraram no ano de 2009 foi ver numa bandeira do Internacional de Porto Alegre o logotipo do time com a foice e o martelo. Eu fui torcedor fanático do Inter até a minha adolescência. Faz muito tempo que eu parei de acompanhar futebol, a última copa do mundo que assisti foi a de 1994. Um dos motivos de meu desânimo foi o fato dos clubes se transformarem em empresas de lógica mercadológica capitalista e fecharem patrocínio com qualquer empresa, mesmo que ela escravize os trabalhadores e utilize mão-de-obra infantil em suas fábricas. O trabalho de base nos clubes ficaram para segundo plano, a cena é conseguir um patrocinador forte e montar um super-time com super-craques que estão ali jogando por amor ao dinheiro e não mais por amor à camisa. Vinte anos após a queda do Muro de Berlin, vemos um esvaziamento da politização em quase todos os setores da sociedade.

Na década de 80 ouve um grande movimento de torcedores que se envolveram politicamente e lutaram pelas Diretas Já e pela redemocratização. Um desses movimentos foi a 'Democracia Corintiana' formada por torcedores e por jogadores, que além de lutar por direitos trabalhistas, lutavam contra a ditadura militar no Brasil. Junto com a comemoração da conquista do Brasil em sediar as Olimpíadas e a Copa do Mundo no Rio de Janeiro vem um programa de segurança pública que criminaliza os pobres. A tal “limpeza social” que vem junto com a fachada de pacificação das favelas já está deixando um rastro de sangue pelas comunidades. Vem acontecendo várias chacinas promovidas pela polícia do Rio de Janeiro em suas ações nas favelas. Além da tentativa de pacificar o povo favelado com as ocupações, estão tentando pacificar as torcidas. Isso é visível na fila de compra de ingressos, policiais usando cacetetes e sprays de pimenta contra os torcedores mais exaltados. Uma das “autoridades” cariocas foi à televisão e disse que o problema da violência nos estádios são as torcidas organizadas. Eu torço pra um dia as torcidas organizadas se transformarem em movimentos sociais organizados e velos lutar e cantar por um mundo melhor com a mesma força que cantam por seus times. Eu continuo sem acompanhar muito o futebol, mas continuo com um carinho especial pelo internacional. Pela sua história, sua formação, e pela bandeira com a foice e o martelo.

Eu só tenho uma sugestão para os torcedores do Inter: Quem torce pro Internacional não pode ser chamado de Colorado. No Paraguai o Partido Colorado é um Partido de direita e ficou no poder por 61 anos, submetendo os hermanos paraguaios à miséria total. Quem torce pro Internacional tem que ser Internacionalista.

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Nesse ano eleitoral os políticos não me pegarão nem com churrasco...
Ainda mais agora que eu to vegetariano...

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Guilherme Scalzilli:

“Pouquíssimos correntistas de um banco ou bebedores de refrigerante sabem que ajudam a manter panfletos reacionários como a Revista Veja”.

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Gilberto Felisberto Vasconselos:

“O adubo químico, extraído do petróleo, universalizou a agricultura agroquímica. (...). Imagine quando acabar a última gota de petróleo, o que será da comida no mundo?”.

(Por isso eu sou mais o MST)

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“To na Paz, mas não to pacificado”

(Disse o veio deitado).

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“O importante é ser feliz
O resto é luta de classes”.

(Disse um historiador loco).

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Renato Pompeu:

“As origens da gripe suína são mais um dos males causados pelo neoliberalismo”.

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Sem Terrinha.

Participei no Rio de Janeiro do Ato organizado pelo MST 'Somos Todos Sem Terra', Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais. No final do Ato ganhei uma bombeta do MST, um jornal Sem Terra e uma revista Sem Terrinha. Já no editorial da revista nós lemos: “Brilha no céu a estrela do Che / somos Sem Terrinha do MST”. A revista é destinada às crianças e possui belas ilustrações feitas por crianças Sem Terrinha de todo Brasil.

Essa edição, a n° 2, traz um artigo sobre os Direitos da Criança e do Adolescente, escrito com uma linguagem bem acessível: “Tudo isso é muito importante! Ver se o Estado está cumprindo o que prometeu e denunciar o que está errado é uma forma de lutarmos pelos nossos direitos. A participação dos Sem Terrinha é fundamental para isso”.

Em um texto intitulado 'Porque Somos Sem Terra?', algumas perguntas: Já aconteceu de você estar andando na rua e ver muitas pessoas dormindo na calçada? Ou quando você anda pela cidade e alguma criança vem pedir comida? Dá uma sensação ruim, né?! Mas por que tem tanta gente morando na rua, vivendo de pedir esmolas?”. Depois vem a explicação de todo o processo de colonização no Brasil, a escravidão, o extermínio do povo nativo, a falsa abolição da escravatura. O texto fecha assim: “Para garantir que fossem donos de quase todas as terras, em 1850 os homens ricos fizeram uma lei: a Lei de Terras, onde dizia que as terras eram suas e que os pobres não poderiam ter terra. Então, os indígenas, os negros e os brancos pobres tinham que trabalhar para os ricos, e ainda continuar sem terra”.

Além de textos sobre a reforma agrária, sobre alimentação saudável, citação de livros, tem um jogo da memória com desenhos feitos por sem Terrinhas.

Vendo um material tão bom, feito para as crianças, me deu uma vontade de ser pai.

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