quinta-feira, 21 de maio de 2009

IDÉIA PRA PERIFERIA (Por Mano Edo)

Idéia do Bairro. Capítulo IX –

Quando a viatura faz a curva, projéteis são deflagrados. Na rua onde acontecera; a razão: foi teste de arma de fogo. A policia passa bem na hora que um dos moradores da Morenitas iria, ou estava testando uma arma; pelo barulho deveria ser uma pistola. A viatura para defronte do barraco e fica na averiguação do suposto suspeito que deflagrara as cápsulas dos projéteis. Mas nada aconteceu em seguida, assim os policiais foram rondar com a viatura em outro lugar. Gugu ficou muito curioso com a abordagem que os policiais queriam executar, mas, não conseguiram, então, Gugu foi fazer um "corre loko", não sei o que! E nisso Gustavo já estava pronto para fazer uma outra atividade. Gustavo iria alimentar e olhar como estaria o filhote de cavalo que ambos, Gugu e Gustavo ganharam de José? O filhote está forte e bem alimentado, no Horto Municipal havia inúmeras moitas de colonião, sustenta todos os cavalos da favela da Morenitas e do jardim Veraneio (onde havia diversos cavalos também).

Como o filhote estava se passando muito bem Gustavo resolvera voltar e ir para sua casa tomar um banho para desfrutar de um descanso. Gustavo antes de tudo, colocou a carro em um posto específico e levou o cavalo emprestado pra pastar no terreno baldio da antiga firma de manutenção do município, a Consbrasil. E assim retornou para a periferia amada e foi tomar banho. Quase no escurecer, houve uma treta (bronca de foras da lei) diversos tiros foram escutados pelos moradores, quando foram deparar era um ex-presidiário que fora alvejado e executado por grupos ou gangues rivais. Gustavo tinha acabado de jantar; como escutou os barulhos de tiros ficou curioso com o que tinha acontecido e foi ver, chegando no local observou um rapaz jovem estirado no meio da rua de terra e coberto com uma lona preta: possivelmente coletada pelas ruas da rota de coleta. Antes do corpo ser periciado pela criminalística o tempo começou a fazer barulhos de trovões, raios e exordiando com relâmpagos, em questões de segundos começa a chover e o cadáver se encharcava aos poucos e o sangue que estaria sendo cristalizado ou coando começou a ir a favor das correntezas com destino a valeta (que corta a favela ao meio).

O IML chega, faz sua partilhação científica e se desfaz como se não tivesse acontecido nada, levando o corpo no rabecão. Parece que o tempo começou achorar antes que a própria mãe biológica chorasse. E a chuva continua, não queria parar... De repente, em alguns minutos a valeta começa a transbordar e fazer com que algumas famílias se tornassem desabrigadas novamente.

Gustavo já teria retornado à sua casa e se lamentava com os crimes e agora com a enchente que inundava partes da favela. Gugu apenas deu uma averiguada e foi para uma pequena taberna na parte de cima da favela, onde devidamente iria ter seus outros contatos com bebidas alcoólicas...

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