terça-feira, 3 de novembro de 2009

El Derecho de Vivir en Paz (Por: Carol)

“Venceremos, venceremos/Mil cadenas habrá que romper/Venceremos venceremos/ al facismo sabremos vencer/” (Quilapayun)

Preocupados com a força da organização de esquerda no Paraguay, organizações de ultra-direita lutam para acabar com os ventos de uma luta popular.

Esta semana o Comando Anticomunista soltou uma carta na imprensa paraguaia demonstrando repudio total a organização. Com palavras de baixo calão insultaram os camaradas alegando que os “comunistas hijos de puta están queriendo destruir nuestro querido Paraguay”. Enquanto a direita trata de destruir vidas por “vias democráticas” como a fome, a violência e a falta de qualificação no atendimento da área de saúde, o Comando tenta demonstrar para o povo que os errados são os irmãos que lutam por um mundo diferente. Na carta o Comando se posicionou contra Fernando Lugo, atual presidente do país, assegurando que ele estaria fazendo vistas grossas ao avanço da guerrilha que ocorre dentro do país, já que não toma nenhuma posição dura contra os subversivos, seja capturando ou executando todos aonde quer que estejam.

Justificando a carta que redigiram, Eduardo Avillés “aseguró que hay que empezar a moverse, si el Gobierno no hace nada, 'hay que defender a la familia'”. Tudo família... É tudo família por que esses bens que deveriam ser do povo, estão nas mãos desse pequeno grupo que por muitos anos dominou nosso vizinho. E quando questionado pelo repórter do periódico Ultima Hora sobre o perigo que envolve armar os civis Avillés disse “qué te parece, voy a esperar que maten a mis hijos, a mis nietos, hay que defenderse; es un drama esto, no podemos seguir así”. A carta, que vem com uma lista de objetivos, fala sobre a importancia de “Perseguir, agarrar, y liquidar fisicamente a todos los comunistas que atentan contra nuestras vidas y pertenencias”. É isso que eles entendem por um país justo? O esquema político do Paraguay, sempre foi uma brincadeira onde o país é encarado como um parquinho de praça onde um fulano se intitula dono e diz quem pode ou não brincar no balanço. Uma brincadeira que privilegia poucas crianças e quando as outras começam a brigar pelo direito de brincar também, os fulanos tratam logo de acabar com a luta. Devemos prestar mais atenção na história de nossa América Latina! Nosso povo está organizado numa luta, que talvez nem seja tão revolucionária, mas é uma luta que fere o sentimentalismo burguês. Os novos governos latinos abrem espaço para discussões importantes acerca dos direitos do povo.

Como disse em matéria especial na edição passada do zine, estive no Paraguay e pude perceber a força que os movimentos sociais têm. A fome que eles têm de mudança. A fome que eles têm de ver um país menos desigual e mais livre. A fome de acabar com esse joguinho de “brinca quem eu quero”. E essa fome insaciável amedrontou as velhas estruturas do país. E é essa fome que o Comando Anticomunista quer matar com AR-15, AK-47 e outras armas mais.

Camaradas de todos os países, uni-vos! Esses são novos tempos, tempos de uma América Latina que sabe dizer que sabe o que quer!

¡Ñorairõ, nunca és demás!

Fonte: sitio Ultima Hora

Um comentário:

a disse...

Para conhecer a posição do PCP com relação a esse grupo armado e acompanhar o que acontece no nosso pais vizinho você pode acessar o blog http://altermediaparaguay.blogia.com/temas/espacio-unitario-frente-social-y-popular.php