segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O Vento, a Chuva e Eu (Por: lizal)

Faz tempo que o vento ta querendo chamar minha atenção. Quando eu trabalhava no Paraguai e atravessava a Ponte da Amizade na madrugada, o vento frio sempre vinha beijar meu rosto. Uma vez levou meu boné do MST, que caiu lentamente, fazendo acrobacias, lá embaixo nas águas do Rio Paraná. Fiquei de cara, xinguei, excomunguei, gritei tudo que era palavrão. Depois desse dia, ele parece ter se afastado de mim, desistiu, me deixou de lado. Até meu ventilador estragou.

Recentemente, quando fui produzir um instrumental pra uma de minhas músicas, coloquei o barulho da chuva. Acho que o vento ficou com ciúme e voltou a me procurar. Pelas ruas do Cidade Nova passou a soprar forte em meu rosto, amenizando o calor de 40 e tantos graus de Foz do Iguaçu. O ventilador voltou a funcionar. O vento ficou assoviando e cantando na minha janela madrugada a fora.

Há pouco tempo atrás, durante um período de muita chuva em Foz, acho que o vento e a chuva se desentenderam. Eu estava gostando da melodia da chuva caindo sobre o telhado. O vento se irou e soprou forte. A chuva revidou e começou a trovejar, cair raios, e muita água. A briga se intensificou até que o vento forte levou a telha do meu barraco. Que zica!!! Bem no quarto onde fica o computador. A chuva não deixou de cair e quem levou o prejuízo fui eu.

Nenhum comentário: