segunda-feira, 7 de setembro de 2009

IDÉIA PRA PERIFERIA

Idéia do Bairro: (Por Mano Edo)

XI - Pelas oito da manhã.

Após à noite o dia vem eufórico, o sol pelas oitos horas da manhã expõe seus exuberantes raios, onde alcançava, simulava dias de verão (entretanto, está no inverno) como se fosse manhã de dezembro, ensolarada.

As plantas que havia pelas ruas da favela Morenitas : como pavimentação poliédrica ou mesmo sem ser pavimentadas agradeciam pela existência do sol naquele momento, se pudesse ficavam estagnadas por um período de dez horas mais, exposta ao sol.

Pela manhã mesmo, a mãe de Gugu pede se o menino pode ir até o Mercado Mara - que ficava na esquina da parte de cima da favela, comprar pão pra outro irmão seu que chegara ontem.

- Vou sim mãe!

Quando Gugu pega os reais na mão, a dona Maria: uma mulher magra, parece ser cansada com tantas decepções, pele morena, olhos arregalados, cabelos caracolados curtos, sempre tem costume de usar um lenço na cabeça, jeito de mostrar felicidades aos demais, não dispensa de usar saias até abaixo do joelho, na verdade uma mulher muito preocupada. Gugu sai em direção da esquina de sua casa para ir até o Mercado Mara.

Uma esquina no lado debaixo, observa uma cena que interrompeu a ida ao Mercado comprar pão francês. Um adolescente com esquizofrenia surpreendeu um estudante da Escola Estadual Juscelino K. de Oliveira - Ensino Fundamental e Médio, que levou uma rajada de pistola e caiu morto sobre a pequena relva que cobria o solo fértil da esquina da rua 4. Enquanto o esquizofrênico efetuava disparo de arma de fogo Gugu em segundos chegou em sua casa.

- Mãe! Acabaram de matar um piá que estudava no JK

- Agora! Eu escutei os barulhos de tiros, devia ser uns oito ou nove disparo.

- Não sei mãe , mas, quase me acertou.

O homicida desaparece, e a multidão aparece, dialogando a razão da morte:

- Devia ser má índole.

- No mínimo envolvido com drogas.

- De repente era um ladrão.

- Vai vê se não era ele que traficava.

- O futuro é isso.

Eram tantas vozes que ouvia no instante que era ruim de escutar, pessoas velhas, crianças, adultos, todos julgando o cadáver caído no chão. Saia de tudo, parecia que eles eram quem julgava "promotor é só o homem e Deus é o juiz" enquanto coisas boas ninguém imaginava, todavia, o adolescente era o melhor aluno de sua classe - da 8° A do período Matutino.

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