quinta-feira, 2 de abril de 2009

A LUTA ANTI-IMPERIALISTA

“Imperialismo é a expressão mais cruel do capitalismo”, diz Ivan Pinheiro

(Público lotou o miniauditório da Unioeste)


Estudantes, jornalistas, professores, ativistas culturais, militantes de movimentos sociais e representantes da comunidade árabe e palestina reuniram-se na última terça-feira, 10, no campus iguaçuense da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), para discutir a conjuntura política internacional e as perspectivas dos povos neste momento de crise mundial. Organizado pelo Sindicato dos Jornalistas do Paraná, com apoio da Associação Guatá – Cultura em Movimento e a Rede Megafone, o debate “A luta anti-imperialista: a América Latina e o Oriente Médio no olho do furacão” trouxe a Foz do Iguaçu o advogado Ivan Pinheiro, vice-presidente da Casa da América Latina, que apresentou aos participantes a sua visão sobre a geopolítica internacional e seus desdobramentos para as nações.


Ivan Pinheiro com Mohamad Barakat (liderança árabe em Foz) e Mohamed Hassan (vice-presidente da Sociedade Árabe Palestina Brasileira em Foz) após declarar solidariedade internacional
Em sua explanação, Pinheiro defendeu que o imperialismo é uma forma de dominação política, econômica, cultural e militar dos Estados Unidos e alguns poucos aliados sobre o conjunto de países, tendo por objetivo final, garantir a maximização da riqueza dos estados que estão no centro do capitalismo mundial. “O imperialismo é nefasto para os povos por ser a expressão mais cruel do capitalismo, impedindo o crescimento econômico justo e inviabilizando a paz e a solidariedade internacional”, afirmou Pinheiro.

O advogado e militante da esquerda brasileira afirmou que países como Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua, entre outros, são exemplos de enfrentamento às políticas neoliberais ditadas pelos EUA e, por isso, estes países são credores da solidariedade das nações e das pessoas que
defendem um mundo equilibrado. Conforme explica Alexandre Palmar,
dirigente do Sindicato dos Jornalistas, a iniciativa de discutir o tema deve-se, em parte, à localização de Foz do Iguaçu, estrategicamente cravada no coração da América do Sul e, por isso, alvo freqüente das tentativas de expansão e influência do governo norte-americano. Para reforçar, Palmar lembra que a cidade abriga uma das maiores colônias árabes do país, comunidade sempre vista com desconfiança pelos órgãos de informação de Israel e EUA, além de situar-se uma região de vastos recursos naturais e abrigar a maior hidrelétrica do mundo. “Temos o compromisso de procurar entender e de se localizar em meio a essa teia de interesses geográficos e políticos que envolvem a nossa região. E o Sindicato dos Jornalistas cumpre o seu papel de fomentar discussões e ações de interesse social, pertinentes ao exercício da cidadania e da democracia”, resume Palmar, comemorando a forte presença do público, estimada em 250 pessoas.

Professora Silva de Souza, da Unioeste, coordenou o debate
Além dos acadêmicos, o debate conseguiu reunir no campus universitário representantes de diversos organismos e segmentos sociais, como a presença da comunidade árabe e palestina, sinalizando ser possível a integração entre a universidade e a comunidade em que a instituição está inserida.

Estudantes, jornalistas, professores, ativistas culturais, militantes de movimentos sociais e representantes da comunidade árabe e palestina
Além dos acadêmicos, o debate conseguiu reunir no campus universitário representantes de diversos organismos e segmentos sociais, como a presença da comunidade árabe e palestina, sinalizando ser possível a integração entre a universidade e a comunidade em que a instituição está inserida.

(Fonte: www.megafone.inf.br / Foto: Christiano Fernandez)

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